Na terça, 17/01/2012, a comunidade comemorou a suspensão da reintegração de posse, após a Juíza Federal Roberta Monza Chiari, ter concedido uma liminar em reposta à ação cautelar ajuizada pela Associação dos Sem-Teto.
Porém na tarde da terça feira, o juiz Carlos Alberto Antonio Junior, cassou a liminar e manteve a decisão anterior de retirar os moradores, alegando a incompetência da União e determinando remessa dos autos à Justiça Estadual.
Já na tarde de ontem(18), após um acordo firmado no Fórum João Mendes, a reintegração de posse de Pinheirinho foi suspensa por quinze dias. Conforme informações da rádio “Brasil Atual”, tal acordo foi sacramentado após reunião entre um juíz, o advogado e o síndico da massa falida da empresa Selecta, além de um senador e dois deputados – depois, isso foi levado ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Ivan Sartori.
O Brasil tem um déficit habitacional de 5,5 milhões de moradias, o que, pelo tamanho médio da família brasileira, equivale a 22 milhões de desabrigados de pessoas largadas ao relento. De tal forma, casos como esse ganham cada vez mais importância e o Pinheirinho, pelo tamanho e intensidade da resistência de seus moradores, tornou-se desde já um paradigma.
Também não resta dúvida que manter inacabado o projeto central da Constituição de 1988, social e democrático por excelência, é cada vez mais insustentável, uma vez que hoje é preciso, inclusive, aprofunda-lo. A luta daquela comunidade, portanto, não pode passar desapercebida e o apoio às suas reivindicações é fundamental neste momento.
Interesses Partidários e Econômicos estão impedindo muitas famílias de ter uma moradia digna. Por isso protestamos.